
Fale menos, observe mais.
Mire o infinito e siga sem medo, firme, sem se incomodar muito com o que vai ao lado ou esteja à deriva.
Produção literária a todo vapor, como gosto, como bem sei fazer. "Nunca encontrareis a poesia se não a tiverdes dentro de vós"(Alexander Puschkine).
Fale menos, observe mais.
Mire o infinito e siga sem medo, firme, sem se incomodar muito com o que vai ao lado ou esteja à deriva.
Impressões. Só impressões.
Ou assim: imagino que imediatamente após um passo que acabo de dar, algo de surpreendente iria acontecer caso eu estivesse mais devagar, e agora o tempo foi implacável.
Ou exatamente assim: escolhi um caminho novo para variar minha ida a determinado lugar, e quando viro nessa direção, e já não há mais tempo de recuar, deixo escapar a grande oportunidade de esbarrar em alguém muito especial (porque sinto que seria especial).
De outra forma: como consigo imaginar essas loucuras, de onde vem a certeza do atraso? Deveria ter eu nascido dia 12? Não, mal esperei o dia chegar e já estava lá gritando por meu espaço, ainda de madrugada.
Então seria pelo fato de que esbaforida de tanta vida e energia, tenha feito tudo ao mesmo tempo, o que não me deixou desfrutar de cada instante na sua intensidade, e que agora sinto falta de vida, ou que as pessoas e acontecimentos que deveriam me seguir ficaram lá atrás...Ei pessoas, apressem-se!
Enquanto isso, enquanto penso tanta bobagem ouço sons acústicos, harmônicos, sinfonias que me relaxam quando o sangue acelera; doces e leves que me embalam porque me exaltei demais nas lembranças. E inspirando cada segundo como se fosse um dia, sinto que meu tempo é agora e que se algo ficou lá trás é porque não mereceu que eu paralisasse minha jornada.
O tempo é meu, portanto no exato momento que eu queira dar a ele a chance de me acompanhar, é que vai se manifestar. Nada mais de me fazer acreditar no atraso. Vou é apressar meus passos, mais firmes, embora eu ainda queira dar voltas, parar para dançar no lugar, sorrir de mim, cantarolar alto e seguir no meu ritmo.