Como uma rainha, a presença de tão altiva assusta e atrai
Desperta quem não poderia ser tão ousado; aquele que cai
Repele outro que chegaria manso e poderia atracar
Exuberância que faz ruborizar, exuberância que faz repensar
Pensar em calar, parar para refletir
Vontade enorme de fugir
Mas ainda é tempo de comprender
A fraqueza é minha, do outro, carente de transcender
Presença que fala por si, mesmo quando tenta esconder
Ocultar as mazelas do passado, que insistem em voltar
Mas isso é complicado, duro de conter
Reviver sem pensar, a sedução insiste em dominar
Admito que o passado foi pesado e não tão longe assim
E o passado-presente tira minha paz: cuide de mim!
Afaste-se, volte para o seu mundo
Deixe-me só no meu, que agora é mais ainda profundo
Com a força de uma rainha, com a arte da guerra
Com a sabedoria real e com a fé raciocinada
Sinto-me assim, serena, amparada
Pronta para a batalha, remover toda a terra
E erguer novamente novo cenário
Branco, alvo, cores vibrantes; eu quis
Retomei meus passos, nada lendários
Ergui-me do lodo, construí meu futuro, doce, puro, enfim feliz!
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