TUDO SEMPRE MUITO AZUL...

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terça-feira, 19 de outubro de 2010

SETENTA VEZES SETE VEZES

Número cabalístico, de sentido mais espiritual do que material

O sete soma, junta pessoas, promove reencontros milenares

Não foi à toa que quando se uniu ao maio, provocou erupções

Movimentou todas as estruturas ao seu redor.

Pudera, ele foi matematicamente planejado

Antes do maio, antes mesmo do atraso e imprudência ao volante em dezembro

Planejado pela ciência matemática do amor

Que não se importa com o tempo, nem com o vento

Que apenas se instala onde encontra terreno fértil.

O sete se repetiria setenta vezes sete vezes

E agora esse número é o tamanho do perdão

Que bate na nossa porta: na sua, por causa da covardia

Na minha, por ser tão sereno que enxerga mais longe

E dos fortes ainda mais será cobrado.

Setenta vezes sete vezes foi a imensidão da nossa completude

As tantas vezes que nossa alegria superou qualquer mal estar

As muitas oportunidades em que nos descobríamos

E a cada vez mais gostávamos das nossas descobertas.

Setenta vezes sete vezes foi o tempo que durou na matéria

A nossa mais pura, íntegra e perfeita entrega um ao outro

Repetiria milhões de setenta vezes sete vezes

E sei que você também. Mas o tempo não pára. E volta, ah, volta!

Hoje não sobraram só boas lembranças

Sobrou a certeza de que não teríamos conseguido ser e fazermos melhor

Isso o tempo nem ninguém, sequer qualquer situação constrangedora

Irá conseguir impedir de ser revivido na alma.

Quando a crença de que teremos muito que ainda consertar

Que várias vezes estaremos nos esbarrando por aí,

Saberemos que nada se perdeu

O olhar e a boca nos farão reconhecermos um ao outro

Além do toque das mãos, do estado de contemplação

A que nos acostumamos durante esse tempo juntos.

A eternidade é o maior consolo, sara tudo, a tudo perdoa, revigora tudo.

Diante dela não cabem fraquezas, mentiras, palavras ao vento.


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