Número cabalístico, de sentido mais espiritual do que material
O sete soma, junta pessoas, promove reencontros milenares
Não foi à toa que quando se uniu ao maio, provocou erupções
Movimentou todas as estruturas ao seu redor.
Pudera, ele foi matematicamente planejado
Antes do maio, antes mesmo do atraso e imprudência ao volante em dezembro
Planejado pela ciência matemática do amor
Que não se importa com o tempo, nem com o vento
Que apenas se instala onde encontra terreno fértil.
O sete se repetiria setenta vezes sete vezes
E agora esse número é o tamanho do perdão
Que bate na nossa porta: na sua, por causa da covardia
Na minha, por ser tão sereno que enxerga mais longe
E dos fortes ainda mais será cobrado.
Setenta vezes sete vezes foi a imensidão da nossa completude
As tantas vezes que nossa alegria superou qualquer mal estar
As muitas oportunidades em que nos descobríamos
E a cada vez mais gostávamos das nossas descobertas.
Setenta vezes sete vezes foi o tempo que durou na matéria
A nossa mais pura, íntegra e perfeita entrega um ao outro
Repetiria milhões de setenta vezes sete vezes
E sei que você também. Mas o tempo não pára. E volta, ah, volta!
Hoje não sobraram só boas lembranças
Sobrou a certeza de que não teríamos conseguido ser e fazermos melhor
Isso o tempo nem ninguém, sequer qualquer situação constrangedora
Irá conseguir impedir de ser revivido na alma.
Quando a crença de que teremos muito que ainda consertar
Que várias vezes estaremos nos esbarrando por aí,
Saberemos que nada se perdeu
O olhar e a boca nos farão reconhecermos um ao outro
Além do toque das mãos, do estado de contemplação
A que nos acostumamos durante esse tempo juntos.
A eternidade é o maior consolo, sara tudo, a tudo perdoa, revigora tudo.
Diante dela não cabem fraquezas, mentiras, palavras ao vento.
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