TUDO SEMPRE MUITO AZUL...

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segunda-feira, 30 de maio de 2011

SILÊNCIO

O silêncio em que me encontro é, ao mesmo tempo, o bálsamo que me alivia a dor e o vazio angustiante da espera.

Dá voltas no tempo, revisita o passado e volta correndo, pois sabe que lá não é bem querido.

Olha para frente, às vezes se esbarra no nada, ora se agarra à certeza de que tudo está no seu tempo certo.

Ainda silencio diante daquelas pessoas que se acreditam certas, esquecidas que são do que receberam de mais puro.

Silencio enquanto lhe espero, enquanto desarregaço as mangas, porque não é a mim que cabe agir.

Silencio diante de um mundo desumano, das criaturas perdidas, da ignorância arrogante, da destruição das oportunidades.

Silencio enquanto medito na gritaria do meu peito, no correr forte do meu sangue, no impulso do pensamento que não pára.

Silencio porque não convém gritar, sacudir, tocar, sentir, olhar sem ter que falar.

Brigo com o som e exijo que se afaste. Só a música é bem vinda.

O som da decepção, o som das vozes falsas, o som do sorriso egoísta, desses, eu me cansei.

Emudeço para não desgastar uma só caloria com aquilo que já está remediado.

Emudeço, silencio, me guardo, me refaço, espero, descanso, me revigoro.

Sufoco o que não vale mais a pena rasgar, chacoalhar, conscientizar.

Essa é a paz do meu ser.

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