Sil, Silvana, Flor, Linda, Princesa
Louca, divertida, retraída
Feliz, triste
Sol, lua
Só
Sil
Que ama
Por quantas vezes, em especial nas últimas vezes, procurei sentimentos que só encontraria se não tivesse que procurar?
E tem mesmo que procurar, ou se ele tem de vir só chega e ponto?
Frio na espinha, conveniência, carência, solidão? É isso que tenho sentido e escondido?
Será que vou ter que encher lingüiça só para não sentir a demora do tempo que me prepara para aquilo que eu mais quis?
Tantas questões, sem resposta, sem receita pronta.
O que sou hoje, quem eu quero ser hoje?
Como eu quero que me vejam hoje? Quem eu quero que pense quem sou eu?
Não estou com saco pra responder a essas questões agora, por agora não...
Quem sabe escrevendo mais ou respondendo a outras questões abaixo, descubra as respostas pra essas tão tensas reflexões, e volte aqui com elas resolvidas ou clareadas...
A vida parece repleta de pessoas que se comparam à casquinha fininha de um bom crepe.
De tão frágeis são cuidadosas, com medo de se partirem em migalhas.
Por isso se escondem atrás dos sites de relacionamento,
Como se assim pudessem engrossar suas estruturas.
Pensando bem, como eu odeio (e amo) Orkut, MSN, Facebook, Googletalk e seus filhotes, sobrinhos, primos...
Mas assim como o crepe, às vezes eu preferiria ser degustada de forma a não mostrar a constituição da minha alma...por isso, amo!
Odeio esperar pelo que sei que não vem do virtual e de suas formas derivadas!!!
E por que ainda assim vou lá conferir? Que louco isso, que vício! Pior que isso, porque todo vício vem acompanhado de um certo prazer momentâneo, mentiroso, mas presente na carne, na cabeça, nos músculos, nas veias. E essa porcaria virtual desperta somente um tipo de sentimento esdrúxulo, bem a cara de pessoinhas. Fraquinhas, escondidinhas em seu mundinho ao invés de ganhar o mundo, botar a cara pra bater.
E Eu ainda me sinto essa pessoinha. Não que não dê a cara pra bater, não que não arregace as mangas, mas é que tenho recaídas.
Não devo generalizar, há pessoas normais que vivem por detrás do virtual. Bem, tomara que existam!
“Pois cedo ou tarde, toda espera tem seu fim”.
Essa FORMA que escolhi consciente ou não, está sendo cruel demais comigo.
FORMA de viver, de esconder, de, às vezes me matar, e de podar minhas asas.
Asas da imaginação.
FORMA de mim: aquela que corre ao encontro do doce para acariciar a alma salgada.
Aquela que se vê outra no espelho. Aquela que se esconde quando não pode e se mostra quando tem que se retirar...
Aquela que seduz mais do que deveria. Aliás, que difícil é passar despercebida. E em geral, tá escrito aqui: “não é pra você”, mas daí alguns a invertem a seu favor: “é tudo isso pra mim!?”. E aí é que eu começo a ter um trabalho danado...
Tirar de perto e de dentro de mim tanta sujeira, que tarefa dura e doída!
Quero o errado, o que não é meu. Quero pra me convencer que posso. Que dei o primeiro passo e que controlei a situação. Quero porque quero. Quero porque desacreditei na sinceridade do sentimento. Quero porque me enjoa a rotina sem o frio na espinha.
Quero porque sou teimosa, desanimei. Quero porque antes deixei de querer. E caminho perdida por aí à minha procura.
E me vejo em você; no homem que me deseja, irresponsável, despojado, descarado, falso, mentiroso, desleal, que some, que volta só quando bem entende. Será mesmo que essa sou eu em algum momento? Até encontrar um que me aponte o dedo na cara e diga: “o que faz da sua vida, pegue minha mão e siga comigo...”
Quero não estar aqui, quero o mar, quero a brisa do mar, o cheiro do mar, o azul do mar, a chuva no mar, o sol ardendo no mar. Quero a areia no mar e o mar na areia. Quero eu lá, junto dele. Dele, o mar. Mas se “dele” fosse você, o mar se abriria pra nós dois, tenho certeza. E se emocionaria com tanta emoção junta!
By the way, me lembrei de uma coisa: a vida é minha, tenho as rédeas dela comigo, não as emprestei, as dividi ou as passei para outras mãos. Aliás, será que não estou me lembrando pouco dessa máxima?Ou realmente não ando sabendo o que faço da MINHA VIDA?
Dá pra dar meia volta? Sair de costas? Escolher outro modo de enxergar e outra maneira de abrir os olhos? Se souber, me avisa, me ensina? Mas não cobra muito não; não posso pagar pra ver.
Tenho vontade de escrever autobiografia. Rascunhar meu passado e depois rasgar e jogar no lixo. Tudo o que já foi escrito nas páginas da vida, faço melhor. Quer comprar minha história?
Alguns não cabem mais aqui, ficaram em algum lugar do espaço, e com toda fé, desaparecerão como uma fumaça até evaporarem de vez. Não sou maldosa nem inconsequente. Apenas vejo outro mundo se descortinar, muito mais belo.
E ainda tiveram aqueles que eu criei no meu íntimo, e que cri estavam chegando?
E VOCÊ, onde se esconde agora mesmo sabendo que vive dentro de mim, mesmo sem o conhecer? Saberei reconhecê-lo? Vai me testar ainda mais? Você me quer tão perfeita assim que não será capaz de me ajudar a crescer?
Não se preocupa com minhas andanças, com os caminhos tortos?
É com VOCÊ mesmo que falo, não dissimule! Seja VOCÊ quem seja.
Não se cansa de torcer para que eu o encontre, depois de esvaziar meu baú de tralhas e ainda assim continuar a enchê-lo de cacarecos?
Para terminar, perdão por lhe decepcionar. Fugi de você com minhas atitudes indiretas, inescrupulosas, descrentes. Ponha óleo na sua tecla F5 e me atualize todo dia. Não deixe a tecla emperrar. Não desista de mim! Delete o que em mim não presta e apareça logo.
Por hoje essa história já foi longe demais. Comi demais, aproveitei pra fazer a digestão enquanto escrevia. Enquanto choramingava, enquanto viajava no tempo. Enquanto pensava em você. Enquanto pensava ainda mais em mim. E não quero adoecer como sempre tem sido quando me torno mais reflexiva do que já sou a cada segundo.
Portanto, ponto final por enquanto...com reticências.
Porque essa é a FORMA DA MINHA VIDA: ir e vir, procurar, enlouquecer tentando entender.
E só VOCÊ É CAPAZ DE ME DECIFRAR.
DE DESCREVER A FORMA.
A MINHA FORMA DA SUA FORMA.
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