Ah, quer saber...

Ah, quer saber, andei pensando muito a respeito e decidi que quero mesmo é amar muito ainda. Porque descobri o quanto esse sentimento

me faz bem e muda o ambiente em que vivo. Minha saúde se estabiliza, o brilho dos olhos ganha um colorido intenso, a pele exala felicidade, o riso fica escancarado. Em volta, o clima se ameniza, as pessoas parecem mais leves e mais receptivas, sensíveis as minhas emanações de paz, alegria e serenidade.

E quero amar muito sim, mesmo não sendo correspondida, mesmo dando cabeçadas, mesmo fazendo escolhas loucas, mesmo precisando conter lágrimas e sussurros. Os benefícios são infinitamente maiores e a cada nova experiência me torno mais segura, me conheço um pouco mais, além daquele gostinho maravilhoso de “estar e sentir-se viva”, transbordando energia, burilada, porém inacabada.

O que vão fazer com o amor que eu tenho para dar não me interessa; ele nasceu para ser entregue, expelido. E exaure-se no momento da entrega. Assim, cumpre seu papel e me deixa mais uma vez renovada. Pronta para recomeçar, sem cansaço, sem mágoas. Porque o amor não exige contrapartida, apenas é amor, e caso o outro o perceba e o sinta assim, natural que se juntem os amores. E juntos tornam-se uma força indestrutível e imaculada. Até que, se necessitarem, possam iluminar outros lugares e unirem-se a outros tipos de energia.

E como é boa essa sensação de plenitude! Tudo de novo mais uma vez!